terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Quanto você vale, 1,99?




Sabe quando você olha seus e-mails enviados de anos atrás e se surpreende com alguns contatos, assuntos? Pois é, resolvi fazer isso hoje e me deparei com um e-mail encaminhado para um querido professor da época de faculdade, Gustavo Bittencourt, me deu aula de Ética, Direito e mais algumas disciplinas, quando cursei Publicidade e Propaganda pela Universidade Potiguar (UnP), em Natal-RN. Certa vez, no início do curso, o professor levou um filme para assistirmos e refletirmos um pouco sobre o universo da publicidade, a visão que temos dela e principalmente a responsabilidade que teríamos como profissionais. Não sei se meus colegas lembram, mas sei que o filme mexeu muito com alguns de nós.
O filme é 1,99, exatamente deste jeito, de Marcelo Masagão que trata do consumismo dentro de um mercado, onde os produtos são simples caixas brancas marcadas pelos slogans de diversas marcas, as pessoas fazem o consumo pelas frases e não pelo conteúdo. O filme tem como base o livro “Sem Logo”, de Neomi Klein. Trata-se de um filme simples e interessante!
Recordo-me que quando o assisti não consegui comentar por refletir demais sobre a responsabilidade do publicitário no mercado de trabalho, mas logo me manifestei ao meu Mestre e compartilho com vocês:

“Percebi naquela trama o quanto a ‘Publicidade” influência a vida das pessoas de maneira positiva e negativa.
Como estamos envolvidos com tantas marcas de forma inconsciente.
Como nosso sucesso ou fracasso pode estar relacionado com tudo isso, pois senão tivermos discernimento o bastante, pode ser perigoso!
O quanto o sistema capitalista nos faz esquecer determinados valores.
Como estamos perdidos com a indústria de comércios, há casos em que nem sabemos o que devemos consumir se realmente há necessidade ou apenas viramos consumidores a fim de sermos aceitos por uma sociedade que também está perdida.
A mesma sociedade que acaba criando preconceitos dos diversos tipos, gerando questões como: será que nascemos preconceituosos ou aprendemos a ser assim devido às informações que recebemos?
Será que nós, futuros Publicitários, percebemos o que o filme quis passar?
Será que conseguiremos trabalhar futuramente um pouco mais conscientes em relação aos “malefícios” que, enquanto profissionais, podemos causar?
Será que existe algum tipo de limite?
Será que se houverem limites, a Publicidade continuará atingindo tantas pessoas?
Enfim, muitas coisas passaram por minha cabeça...
Bom, acredito ser apenas isso, obrigado pela atenção professor!”

Deixo aqui um trecho do filme para ser visto, e gostaria de saber o que você, como publicitário ou não, mas principalmente como consumidor, pensa em relação ao tema.


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