domingo, 20 de novembro de 2011

Refletindo sobre o Dia da Consciência Negra


Mais um 20 de novembro, considerado Dia Nacional da Consciência Negra, dia este destinado a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade. Muitos são contra, pois acreditam que esta data gera maior discriminação, e que desta maneira deveríamos ter dias destinados a todas as raças. Mas, infelizmente, este dia é necessário para que as pessoas passem a respeitar mais as outras, o que também não é nenhuma garantia.

Recentemente, enquanto ouvia rádio, escutei uma notícia que me deixou chocada, Uma criança de 10 anos foi agredida na escola por ser negro, o menino já sofria ameaças de um colega na escola: "Ele o chamava de macaco, urubu, e disse que ia bater até meu filho ficar branco", disse a mãe da vítima. A criança sofreu um trauma na cabeça e ficou quatro dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Isso me faz pensar o quanto somos responsáveis por essas crianças, deixando que ajam por si, sem repreensões, se analisarmos, chega a dar medo do futuro, infelizmente, a cada dia, o ser humano está mais individualista, esquecendo princípios básicos de cidadania. Desculpe-me, mas diante de uma sociedade tão medíocre, creio que há muito para ser refletido.

Recordo-me, que precisei fazer um trabalho na faculdade sobre uma ONG (Organização Não Governamental), e junto com minha parceira, Cristina Dias, falamos sobre a instituição Kilombo, localizada em Natal-RN. Durante nosso trabalho, além de realizarmos entrevistas, buscamos fontes que pudessem nos ajudar naquele trabalho, e encontramos o livro O Que é Racismo - Coleção Primeiros Passos, de Joel Rufino dos Santos, em que diz: "A raça negra tem comportamento psicológico instável e, por isso, não cria civilização." Alguns tentam provar que as diferenças sociais são determinadas por fatores biológicos. Outros explicam que o racismo surgiu da necessidade de justificar à agressão. Seria verdade? Faria o racismo parte da natureza humana? Neste livro, os primeiros passos para a compreensão deste fenômeno universal, suas modalidades e suas implicações sociais.

O livro nos atenta o quanto o nosso problema é cultural, o quanto a cor preta está relacionada com o negativismo, enquanto a cor branca, e demais cores, estão relacionadas às manifestações positivistas, exemplificando, o luto, este representando pela cor preta, enquanto a paz é branca, quando a situação financeira não está favorável, logo se diz “a situação ‘tá’ preta”, e quando o dinheiro ‘tá’ sobrando, a condição fica no azul.

Lamentável vermos o quanto este comportamento é comum em nosso país, o que chega a ser burrice, tal procedimento não deveria fazer-se presente em nossa sociedade, exatamente pelos nossos antepassados, os Índios (primeiros povos a habitar nossa terra), os Negros (trazidos para trabalhar como escravos e, era mercadoria de seus senhores), os Portugueses (que ganharam o status de descobridores desta terra). E se pararmos pra analisar, hoje, em 2011, no Brasil, encontramos italianos, argentinos, americanos, alemães e tantos outros países representados por seu povo em nosso solo tão hospitaleiro.

O preconceito: Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial. Estado de abusão, de cegueira moral; e o Racismo: Sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre os outros, preconizando, particularmente, a separação destes dentro de um país (segregação racial) ou mesmo visando o extermínio de uma minoria (racismo anti-semita.antissemita dos neo nazistas), ambos definidos pelo dicionário Priberam. Podemos considerar estes comportamentos fruto da ignorância?

Como temos anos pela frente para refletirmos sobre a inserção do negro em sociedade, do índio, do gordo, do magro, do ‘narigudo’, do ‘feio’... Há muitos grupos que são discriminado em nossa sociedade, que ditam regras para serem seguidas, mas acredito que nossa maior missão neste momento, é como educador, como pais, mães, tios, tias, filhos, primos, enfim, são muitos os papeis que representamos em sociedade, e cabe a nós, pessoas sensatas e inteligentes, que sabemos que uma pessoa é muito além do que possa aparentar, educar e instruir, principalmente nossas crianças, para que não se tornem monstros como os que encontramos há anos em nossa cultura ultrapassada.

E você, o que pensa sobre o preconceito e o racismo, o que acredita que podemos fazer para termos uma sociedade melhor?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Finados


Há exatamente um ano atrás, escrevi neste blog sobre a morte, e hoje, Dia de Finados, impossível não pensar nela, mas minha proposta hoje é diferente, naturalmente que sempre pensamos nos entes queridos que já se foram, na saudade que deixaram, mas pouco se reflete sobre a própria vida e tudo o que ela representa.
Neste dia, que para muitos é doloroso, pois sei muito bem como é, principalmente nos primeiros dias de perda, os que já perderam pessoas amadas, sabe muito bem do que estou falando, me recordo de quando um tio meu, muito querido, faleceu, eu sofri desde o momento de sua internação, chorava copiosamente, e ouvi de amigas que não sabiam o que eu estava sentindo, pois não tinham uma relação tão forte com familiares.
Fato um tanto lamentável, na minha humilde opinião, claro! As pessoas vivem um mundinho tão particular, e acabam por esquecer tantas pessoas na vida, quando alguém se vai, que seja um tio, ou vai passar um filme de bons momentos em sua mente ou nada terá neste longa, e isto depende muito de cada um de nós.
Escolher com quem queremos conviver e ter momentos marcantes, só depende de nós. Não adianta lamentar, quando a morte chegar, que não aproveitamos a pessoa que se foi que deveríamos ter ligado mais pra ela, feito mais visitas, não deveria ter se afastado tanto depois do casamento, e não adianta dizer que tudo é culpa de uma rotina muito ‘louca’ que temos nesta vida tão agitada.
Acredito que um dos maiores erros do ser humano, é acreditar que as pessoas são como livros ou bibelôs na estante, que ficam ali, acumulando poeira e que mexemos no dia da limpeza, achando que estamos ali, sempre dispostos, e que depois ligamos, depois vamos visitá-los e este depois, depois acaba sendo tarde demais. Mesmo os livros o objetos se perdem, quando emprestado livros para pessoas que não os devolvem, quando o bibelô de porcelana escorrega das nossas mãos e se despedaça no chão.
Minha proposta aqui é outra, viva! Aproveite cada momento da sua vida ao lado de quem ama principalmente os familiares, pois estes são parte de nós, é nossa identidade, sem muito deles, nossa história seria diferente, infelizmente, quando perdemos tudo isso, é que notamos o quanto tudo poderia ter sido diferente, e ainda há tempo para fazer tudo ser diferente, ser melhor, mais harmonioso...
Bem ou mal, quando formos dessa para melhor, só nos restarão as lembranças de bons momentos.
Transcrevo aqui, uma frase muito bonita que encontrei do Monsenhor Arnaldo Beltrami, ao definir este dia de finados:
“O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.
É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.”
Nossos entes queridos ainda vivem dentro de nós, os bons momentos ficaram guardados, portanto, aproveite e viva agora!!!

E você, o que pensa sobre o Dia de Finados?