20 de Novembro data em que se comemora o Dia da Consciência Negra no Brasil, o objetivo é fazer com que as pessoas reflitam sobre a inserção do negro na sociedade, data que coincide com a morte de Zumbi dos Palmares (foto), representante da resistência negra na época da escravidão em Alagoas, onde se concentrou o maior Quilombo da história do nosso país, durou 60 anos e abrigou cerca de 20 mil pessoas.
Em algumas cidades do Brasil é considerado feriado, acredito que poderia ser feriado nacional, há um projeto para que isso aconteça, pois muita gente nem sabe o que significa, mas será que atingiria a finalidade principal?
Seria de fato importante provocar esse tipo de reflexão para sociedade em que vivemos, onde lamentavelmente é composta de muito preconceito, mesmo sabendo da grande miscigenação que compõe o povo brasileiro.
Embora seja uma data de comemoração, acredito que ainda há muito para ser conquistado.
Meus amigos negros podem afirmar melhor do que eu.
Acho que os seminários e palestras que acontecem neste período são prova de que ainda há muito a ser feito.
Infelizmente vivemos numa sociedade muito preconceituosa, pois desde a morte de Zumbi, em 1695, até hoje nos deparamos com cenas de pessoas "imaturas" que discriminam o próximo pelo fato de ser negro.
Isso comprova o quanto o ser humano está atrasado diante da evolução do mundo, é lamentável vermos pessoas de mentalidade tão pequena...
Se vivêssemos numa sociedade justa, os negros não precisariam lutar para que esta data fosse feriado nacional como é 21 de Abril, por exemplo, Dia de Tiradentes.
Ainda há muito para ser conquistado, mas principalmente o preconceito para ser derrotado, acredito que se o ser humano evoluir e deixar de julgar o seu próximo apenas pela cor, será um imenso avanço para alcançarmos uma sociedade mais justa, mas para isso as pessoas precisam ter boa vontade!
Eu como assumidamente adoro um negro, deixo aqui o meu beijo especial aos negros que mais fazem parte da minha vida: Ângelo Dias, Roberto Dymenor, Percival de Souza, Lisiane Alves, Cristina Dias, Marcilio Dantas, Julio Cesar e tantos outros queridos amigos...
E você, o que pensa sobre o Dia da Consciência Negra?
Eu acho que não se deve avaliar as pessoas,pela cor de sua pele.Existem tantos "brancos",que são verdadeiros canalhas e no entanto são valorizados só porque são brancos?Enquanto existir o preconceito racial e de qualquer outro tipo de preconceito,o mundo nunca sairá do mesmo lugar,ou seja,as pessoas continuariam sendo medíocres e muito pequenas,sem entender que os grandes valores e grandes virtudes de um ser humano,não está na sua cor da pele e sim no seu caráter,que por muitas vezes é colocado em dúvida,só por conta de sua cor de pele!Lamentável,quem pensa assim,eu acho,quem pensa assim,é muito "pequeno"espiritualmente falando...Deixo aqui o meu protesto,de quem tem preconceitos raciais ou qualquer outro tipo de preconceito.Eu também assumidamente amo de paixão os negros,e tenho orgulho danado de ter eles na minha relação de amigos,os quais deixo o meu carinho,amor,afeto e mil beijos à todos eles:Marcílio Dantas(exemplo de ótimo caráter),Ingrid Graziele Reis do Nascimento,Tânia Maria da Silva,Sebastiana Augusta Maria e tantos outros amigos,que se eu fosse enumerá-los,com certeza,este espaço seria pequeno;mas deixo à todos eles o meu carinho e amizade de sempre com mil beijos de muita afeição!
ResponderExcluirFalta muito para se conquistar, excelente colocação, a nossa história sempre foi tecida dentro de um contexto político de muitas lutas, os grupos que foram por longos séculos marginalizados do processo, chegam timidamente para contar suas histórias, memórias e pra dizer que são brasileiros, ou pelo menos grupo étnico constituinte dessa brasilidade, é o caso de negros e índios. Por muito tempo, o silêncio da história, minou a participação das mulheres em empreendimentos revolucionários,dai o fato de existirem um sem número de camisa de Che Guevara e nenhuma por exemplo da Policarpa Salavarrieta, a história sempre esteve a serviço de um projeto branco, conservador, eugênico e elitista, a subalternidade estava a parte da história. Quando resolveu-se pensar esses excluídos foi de forma bastante romantizada, dai o índio como o bom selvagem, e o negro na ótica de Gilberto Freyre entendido como um amigo de seu Senhor. Hoje, mais efetivamente, percebemos conquistas, pequenas se considerarmos a importância étnica-racial da negritude. Lembro-me perfeitamente que o meu livro didático não falava dos negros dentro de uma ótica sócio-cultural, apenas apresentava este como produto, escravo e pronto. Hoje observamos que o livro, claro que a custo de muitas batalhas contra o tempo, apresenta politicamente o negro, não como coitado, romantizado, mas sim como parte significativa da nossa sociedade. Essa avanço deve-se demais a militância dos grupos negros.No entanto, não sejamos ingênuos, como nos alertou Chico Buarque, certa vez em entrevista, duas questões ainda são mal resolvidas no Brasil Raça e Sexualidade, em razão dos resquícios de uma sociedade Patriarcalista, escravista e ideologicamente inspirada nos valores judaícos-cristãos. Adorei essa postagem ,bjos!
ResponderExcluirNão creio que ajuda em algo ter um feriado, ate por que outros povos como os índios, são tão discriminados quantos os negros e se não o são mais foi por que foram quase exterminados. Existe o dia do índio, mas não é feriado. O problema para mim é DISCRIMINAÇÃO, não importa a raça, essa questão da raça negra virou modismo, na verdade a discriminação em si deve ser sempre combatida. A bola da vez somos nós os nordestinos. Acho que a discriminação começa quando qualificamos quem são os que "merecem" ter tratamento diferenciado. Minha avó materna era negra, minha avó paterna era índia. Nunca vi ninguém defender cotas para índios na universidade. Quando escolhemos um entre tantas raças originais que formaram a nação de nosso país começamos neste momento a discriminar. Muito italianos, chineses, coreanos fizeram parte do alicerce desta nação e se você for pesquisar verá que muitos foram abandonados a própria sorte e sofrem discriminação ate hoje, principalmente os chineses e coreanos, pois fogem ao padrão de beleza que a mídia insiste em nos impor. Aqui no nordeste nos anos 30, existiu um verdadeiro campo de concentração no Ceará, para impedir que nordestinos atravessassem fronteiras, pelo simples fato de nos acharem raça inferior, que iríamos roubar, esmolar e sujar as nobres cidades, muitos morreram, de fome, violência e doenças, é uma vergonha, uma mancha negra na nossa historia, tão violenta quanto as injustiças sofridas pelos negros,mas não se fala nisso, ninguém pede justiças para os seus descendente.Justiça tem que ser para todos, direitos tem que ser para todos. Quando achamos que direitos tem haver com raças temos que pensar bem, pessoalmente acho perigoso, pois na realidade achando que estamos somando estamos, em minha opinião, verdadeiramente dividindo.
ResponderExcluirNani
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ResponderExcluirPois é o argumento da democracia racial permanece viva, pelo que vejo. Mas falando mais diretamente sobre a questão étnica, as cotas, que é parte de uma política de reparação, não surgem do nada, e não pretende arraigar preconceito, esse é um argumento sem fundamentação, pífio que a classe média quer incutir, nos demais como discurso, brasileiro. A ideia é dar condições para que todos possam concorrer pela vida com as mesmas condições. Verificou-se que o maior quantitativo da população negra encontra-se nos campos da economia, do mercado de trabalho, da instrução etc; atrasados se relacionados com brancos. É muito fácil dizer que não se pode ter cotas, outra coisa é discutir historicizar a enorme violência sofridas pelos negros e descendentes nesse país que nunca foi democrático/cidadão. Quem nunca sofreu preconceito não sabe o poder das políticas de reparação, que hoje são para negros, amanhã índios, depois japoneses até que se chegue a uma sociedade mais justa. O objetivo é a equidade, o multiculturalismo. Estou aberto a uma discussão mais apurada, elaborada sobre esse assunto que tanto me interessa! Abraços!
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